sábado, 30 de outubro de 2010

O Grande Baile Rubro

Nota: Então amigos e voluntários do 13 Preto, esa é uma postagem em homenagem a um dos meus dias favoritos no ano, o Halloween. Como o conto fala sobre essa maravilhosa festividade não esperem nada de fofo, bonitinho ou levemente normal desse conto, espero que gostem.

  Era dia de festa em Trovoada, a lua estava cheia e as árvores mortas cheias de galhos retorcidos e afiados estavam todas brilhando com os vagalumes que piscavam alaranjados na floresta e lanternas de abóboras com caras sinistras e assustadoras, crianças sem cabeça desmembravam umas às outras no meio da rua, a filha da feiticeira havia arrancado o olho do irmão e trocado pelo do filho do Corvo, enquanto os três bebês caveiras caíam no chão e tentavam se remontar.
  Uma mulher com cabeça de polvo sentava alegremente na praça de Trovoada assistindo as crianças brincarem, um corvo orgulhoso com um cartola e um monóculo se empoleirou ao lado dela no banco e falou:
  -Oh! como é maravilhoso a época de Halloween não acha minha doce senhora?
  -Ah, mas claro! como não poderia gostar dessa época maravilhosa? É apenas durante essa noite que podemos ser nós mesmo, somente nessa noite não somos usados a usar os disfarces infames! Oh! como é bom o nosso Rei!
  -Vida longa ao Rei Rubro!. Gritou o corvo seguido de vários "vivas" dos outros cidadões de trovoada.
  Um pequeno olho gigante do tamanho de uma criança cheio de tentáculos verdes se arrastou até a mulehr com cabeça de polvo e gritou:
  -Veja mamãe! A General Maryann trouxe os forasteiros desse ano!
  Todos na pracinha se viraram para os portões da cidade, que se abriram deixando com que todos vissem a grande carroça de metal vermelho com o símbolo do Rei Rubro na lateral, na frente guiando os cavalos negros, um vulto baixinho, usando uma grande capa negra, e uma máscara de branca com garras na ponta, com um grande enfeite rubro no lado esquerdo dos cabelos também negros  curtos e cacheados caíam na altura de seus ombros, ela era a General Maryann.
  Enquanto tudo isso acontecia, Enzo estava dentro da carroça vermelha com vários outros adolescentes todos amarrados, sua querida Bee havia adormecido em seu ombro durante a viagem, ele não se lembrava de nada, só de estar indo para a casa de sua amada Bee e de ter siso raptado e de ter acordado ali com Bee ao seu lado. Não havia conversado muito com os outros adolescentes que também pareciam sonolentos, mas aparentemente todos haviam passado pela mesma situação, então Enzo se encostou na parede vermelha da carroça e adormeceu. Assim Maryann os levou ao Grande Baile.
  O Rei Rubro observava tudo entre as janelas de seus aposentos, a carroça já atravessava a ponte velha que levava até a ladeira onde seu castelo estava, o Castelo do Rei Rubro. Ele se deitou em sua cama vermelha como sangue e murmurou algumas palavras mexendo com as mãos no ar, uma grande bola de cristal preto surgiu em suas mãos, e ele a observou, lentamente a fumça preta se afastou da imagem do garoto de cabelos pretos com uma garota ao seu lado, o Rei Rubro gargalhou, era ela.
  Três batidinhas porta do quarto do Rei Rubro, que mandou a pessoa entrar. Winston seu Tesoureiro desastrado entrou tropeçando no banco do órgão gótico do Rei Rubro, que gritou furiosamente com o pobre Winston.
  -WINSTON, QUE A FÚRIA DOS CÉUS CAIA SOBRE VOCÊ! QUE É TÃO IMPORTANTE A PONTO DE INTERROMPER-ME?
  Winston ajeitou o banquinho espanando a poeira de seu terno, era obsessivo com limpeza.
  -Desculpe, Majestade. Só queria dizer que os convidados da cidade já estão esperando.
  -Diga a eles que o Baile só começará quando os outros convidados chegarem.. o que acabou de acontecer. Disse o Rei Rubro ao olhar através de sua bola de cristal. -Winston avise aos súditos que o Rei já está à caminho. Disse o Rei se levantando da cama e escolhendo sua grande capa vermelha com um capuz que deixava seu rosto completamente escondido na sombra, era essencial que as pobres pequenas almas desafortunadas naquele salão vissem o Rei como alguém inofensivo. Mas isso era mentira.
  Enzo acordou com Bee te cutucando, ela apontou para a janela gradeada da carroça, eles se levantaram e viram um grande salão de banquetes rubro, com um enorme candelabro cheio de crânios humanos bem realistas, no salão diversos monstros aplaudiam como se estivessem em um zoológico.
  -Enzo, eu estou com medo. Disse Bee para o garoto que continuava a observar da janela quando os cavalos negros que carregavam a carroça se transformaram em belas mulheres todas ruivas e nuas, de olhos fluorecentes amarelos que se ajoelharam diante de um trono todo feito de crânios, decididamente humanos, e no topo desse trono, um homem com uma longa capa vermelha e um rosto oculto pela sombra estalou os dedos, a carroça e as correntes que eles estavam usando sumiram instantâneamente, e logo eles se viram no meio de um baile mais bizarro impossível, a mulher baixa de capa e cabelos negros chicoteava as mulheres nuas que dançavam ao som de uma banda formada por pessoas bizarras, a primeira tinha a cabeça de uma águia com bico de tamanduá, a segunda tinha um grande violoncello de cabeça pra baixo no lugar da própria cabeça e usava a batina de um padre, o terceiro usava uma capa branca com a cabeça de um alce empalhado e o quarto era um anão com uma capa verde esmeralda e na cabeça uma mascara azteca. A banda bizarra tocava uma música simplesmente incrível, era uma música que ia desde os gritos ululantes e melodias de dor suprema até lentas canções de ninar, e todos os demônios, monstros, pessoas nuas e até mesmo a General com o chicote e o Mordomo de terno arrumadinho dançavam. De fato os únicos que não dançavam por ali era o Rei sentado no trono sinistro e as pessoas bonitas e jovens que haviam saído da carroça.
  Bee segurava a mão de Enzo que a apertava contra si, ela sussurrou no seu ouvido:
  -Enzo, eu te amo
  Mas antes que Enzo pudesse responder o que Bee havia dito, o Rei estalou os dedos novamente, e foi como se o tempo de repente parasse, congelasse e somente eles e o Rei ficassem cientes do que estava acontecendo, ele perguntou com uma voz surpreendentemente rouca e furiosa:
  -Por que não dançam?
  Enzo e Bee não responderam, ficaram somente abraçados um ao outro. O Rei falou de novo.
  -Sabe o que eu acho de vocês? vocês são esnobes. Todos vocês que se dizem ser bonitos e divertidos, todos vocês que se dizem ser felizes. Todos vocês são simplesmente monstros feios e fedorentos por dentro, tão feios e grotescos quanto qualquer um de meus súditos.E monstros esnobes que insistem em negar sua verdadeira natureza tem almas pequenas, pobres e desafortunadas, e vocês vão pagar por isso.
  -VOCÊ MENTE!.Gritou Enzo em direção ao Rei.
  -Oh, eu minto? se tens tanta certeza disso por que não toma um pouco de meu vinho para provar que eu sou um mentiroso?. Disse o Rei ao estalar novamente os dedos, as sombras dos dois se alongaram e pareceram sair do chão em três dimensões, cada uma com um cálice escuro como se os mesmos fossem feitos de sombras e os entregou ao casal, no cálice de Enzo uma substância clara brilhava de tão límpida, enquanto na de Bianca um líquido verde brilhava de um modo suspeito.
  -Você está tentado nos envenenar maldito?Nos matar é isso o que quer?.perguntou Enzo com um desconfiança?
  -Meu querido deixe-me dizer uma coisa. Algumas pessoas morrem só um pouquinho. Ás vezes você morre pela queda. Algumas pessoas morrem no meio, mas eu somente me sento aqui em cima. Se eu quisesse te levar eu te levaria por bem ou por mal ao seu túmulo. Então por que desconfianças? E uma coisa eu prometo se um se for, assim irá o outro. Vocês nunca estarão separados.
  Enzo olhou nos olhos de Bee e falou:
  -Também te amo. E os dois beberam do cálice. Bee caiu de joelhos e depois foi ao chão. Enzo sentiu apenas uma leve dormência nas extremidades, porém nada demais, e mesmo que tivesse sentido ele não ligaria, seu amor estava atirada ao chão. Ele se ajoelhou ao lado dela e gritou em fúria em direção ao Rei Rubro:
  -VOCÊ DISSE QUE SE UM FOSSE O OUTRO TAMBÉM IRIA. O Rei soltou uma risadinha desagradável e falou:
  -Ela morreu no meio, e você morreu pela queda. Ambos morreram só um pouquinho, mas nenhum realmente se foi, não?. Ele estalou os dedos de novo e o tempo voltou a correr e Bee abriu os olhos e olhou para Enzo mas o olhar apaixonado dela se perdeu, seus próprios olhos haviam se perdido, a unica coisa que havia sobrado de seus belos olhos castanhos eras uma espécie de película prateada que cobria todo o interior de seu olhos desde a pupila até a retina, só aquele vazio prata, ela olhou pra ele e gritou, gritou como se tivesse visto algo horrendo, horripilante, torturante de tão feio, ela se debateu e olhou para os outros adolescentes que eram as pessoas bonitas com uma expressão de absoluto terror, pegou uma lança pendurada na parede e atingiu uma garota loira que tinha vindo na carroça com eles, depois acertou a lança em outros dois garotos que tinham vindo na carroça também, mas quando ia acertar o próximo pobre quarto garoto Enzo saltou pra trás dela onde a lança não podia alcançá-lo e a segurou, ela gritou como se estivessem a rasgando por dentro.
  -O QUE FEZ COM ELA SEU MONSTRO?!
  -Eu abri os olhos dela pra quem vocês são, ela não enxerga como eu ou você ela enxerga a alma de vocês que é tão feia e deformada que ela tem que matá-los para que não fique louca, olhe você mesmo para essas pessoas com mais atenção, seu vinho também lhe permitirá ver o que você realmente são. Monstros.
  Enzo então olhou e realmente viu, aquelas pessoas que tinham vindo com eles eram todos horrendos, com bocas quebradas, pernas apontando para ângulos impossíveis com ossos de fraturas expostas saindo pelos cantos, tods babando com a pela putrefata e cheia de pequenos vermes brancos, Bee estava assim, suas próprias mãos estavam assim, Enzo soltou Bee com um grito de repulsa e olhava hipnotizado para seus prórpios braços, paralizado de tanto terror e nojo pelo próprio corpo, e com um grito de um homem louco ele pulou pela janela do castelo, Alice deu também o grito de uma mulher enlouquecida e furiosa e continuou o massacre dos próprios colegas que agora também gritavam de pavor correndo pelo salão de festas do castelo do Rei Rubro tentando escapar da morte eminente. Mas não conseguiram. Bee matou todos um por um. Os gritos de loucura de Bee se misturava com os gritos de dor dos outros adolescentes que se misturavam com os gritos de alegria de Maryann, Winston e dos outros mosnstros, que se misturavam com os gritos da banda enlouquecida com tanta adrenalina, mas nenhum som era mais alto que a risada rouca, rascante e também enlouquecida do Rei Rubro.

  PS: Bem, queridos visitantes obrigado novamente por passar aqui pelo 13 Preto mais uma vez e espero que tenham gostado do conto, por que sinceramente eu adorei! e caso vocês estejam se perguntando, eu penso em dar continuação à essa história, mas não agora, por enquanto ainda quero aproveitar as risadas loucas do Rei Rubro nos meus ouvidos!
  PPS:Bom Halloween à todos e longos dias e belas noites!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A Diferença Entre Nós

  Nota: Então eu o Homem do Chapéu Prata volto à ativa, hoje algumas coisas não tão legais aconteceram comigo e uma certa pessoa que apesar de eu jamais admitir significa fodidamente  muito pra mim, e isso é na verdade um texto sobre fragmentos de nossa conversa e no final talvez vocês entendam o propósito desses fragmentos aparentemente randômicos, aqui vai.


  Faz muito tempo. Tempo demais. Eu não estou do jeito que você me achou. Eu não estou aqui nem lá. Mas se assim você quer, eu volto pra você.
  Bom dia! vamos andar pelas bordas, vamos andar pela rua. Vamos até onde ninguém nos veja, e vejamos se finalmente achamos a diferença entre nós. Não? Então morra! Isso mesmo! Já disse que não estou do jeito que você me achou!
  Amanheceu um novo dia. Eu não estou aqui. Você me procura.Eu também não estou lá. Hoje você me deixou com raiva, por quê? Porque você nunca é outra! Você é sempre você! O que foi? Eu não estou do jeito que você me achou! Num dia posso estar alegre e sorridente, no outro posso não estar indo assim tão bem...Ei! Ainda quer achar a diferença entre nós? Não? Então deixe-me fazer oque você quer. Eu preciso! Me deixe fazer, eu preciso!
  Há! Há! Não há tantas diferenças afinal, apenas uma! E você pode chorar feito um bebê agora! Eu te disse: Eu preciso fazer. Eu te avisei: Eu não estou do jeito que você me achou.
  Oquê? Não me reconhece mais? Ora, minha querida, ainda não percebeu? Eu sou parte da força que eternamente deseja o mal e eternamente faz o bem, e essa é a diferença entre nós. Você simplesmente não me merece.
  Me reconhece agora? Ótimo, pois isso é um adeus definitivo.
  Adeus.


  PS: Ainda agradecendo aos meu visitantes do 13 Preto, obrigado. Longos dis e belas noites à todos vocês.
  PPS: Ainda à procura? isso foi pra você espero que tenha entendido de vez o recado.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

olá a todos!

   Olá querido irmão de chapéu prata, fiquei muitíssímo feliz quando vi que cumpriu o que prometeu. Infelizmente, a comunicação com o mundo fora do campo de rosas brancas, onde moro a alguns meses- saberia disso se não se metesse em tantas confusões e sumisse através do mundo - está cada vez mais difícil. Então vou demorar um pouco para mandar os meus textos. Não sei onde meti a cabeça quando me mudei para cá, acho que essa loucura é de família.
 Por favor passe mais tempo em Trovoada e não fique incomunicável.
                                                      De sua irmã, Dama do anel Azul, MM.